janeiro 26, 2008
Ministério da Cultura e Orientação Islâmica do Irão vai fechar a revista "Zanan" (mulheres) por criticar o regime
Já sabíamos que não há homossexuais no Irão, desde que Ahmadinejad foi à Universidade de Columbia, em Nova Iorque, em finais de 2007. Agora ficamos também a saber, pelo jornal espanhol "El Pais", que as críticas femininas ao governo dos ayatollahs não agradaram ao Ministério da Cultura e Orientação Islâmica, que resolveu encerrar a revista Zanan (mulheres). Isto porque a revista insistia em escrever sobre coisas que, obviamente, nunca existiram no Irão: maus tratos domésticos, comércio sexual, crimes de honra, tratamento discriminatório das mulheres, etc. Não se trata, pois, de censura, mas de repor a verdade e de assegurar que no Irão todos falam a uma só voz. Para além disso, devemos congratular-nos pelo zelo do Ministério da Cultura e Orientação Islâmica, que evita o triste espectáculo dado pelas democracias ocidentais, onde cada um diz e escreve o que lhe apetece. Note-se que os ayatollahs do Ministério da Cultura e Orientação Islâmica são também empenhados defensores dos Direitos Humanos: a eles se deve a criação de um dos termos mais populares actualmente em uso no Ocidente pelas organizações de defesa dos Direitos Humanos - a "islamofobia". Este foi originalmente criado durante a revolução iraniana de 1978-79, para denunciar as mulheres que recusavam o véu e estigmatizar as feministas ocidentais que as apoiavam, como a norte-americana Kate Millet, que acabou expulsa do Irão. Hoje, graças ao culto da diversidade celebrado pela ideologia oficial das sociedades ocidentais, o uso do véu, do hijab ou da burka é apenas um sinal de "vibrante diversidade" e de estilos de vida "alternativos". Mesmo sem termos um Ministério da Cultura e Orientação Islâmica entre nós, criticar o seu uso já não é muito conveniente, pois pode ser considerado uma manifestação de islamofobia. O conhecido guru da "emancipação" e do "empoderamento" dos oprimidos, Michel Foucault - um (in)confessado admirador do Ayatollah Khomeini -, tem também a sua quota de mérito neste processo emancipatório das mulheres. Khomeini está visivelmente satisfeito na sua tumba, pelo sucesso das suas ideias no Ocidente.
JPTF 2008/01/26
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