janeiro 25, 2008

Egipto não quer aderir ao "espaço Schengen" com palestinianos da faixa de Gaza



A política de fronteiras abertas da UE, que considera a soberania territorial e a cidadania nacional um coisa old fashion, não tem muitos adeptos no Médio Oriente. Primeiro foi Israel que se recusou efectuar uma versão mediterrânica oriental da livre circulação de pessoas, abrindo as suas fronteiras aos palestinianos da faixa de Gaza. O insensível governo de Ariel Sharon empreendeu uma passadista política de controlo soberano territorial, usando a velha técnica da construção de barreiras para travar as demonstrações de boa vizinhança dos palestinianos jihadistas. Agora, o governo de Ehud Olmert cortou o abastecimento de energia eléctrica, como forma de pagamento da factura dos rockets enviados pelos seus colegas do governo do HAMAS. Nada de muito surpreendente na habitual política de boa vizinhança e cooperação israelo-palestiniana. No meio de tudo isto, o mais estranho é que o Egipto também aderiu às velhas teses europeias da soberania territorial, não aproveitando a oportunidade para criar um pós-moderno "espaço Schengen" com a faixa de Gaza. Acto imperdoável, pois do outro lado da fronteira estão os "irmãos muçulmanos" da Palestina. Os burocratas da UE precisam urgentemente de sair para o terreno para endoutrinar israelitas, palestinianos e egípcios nas virtudes das fronteiras abertas e da paz perpétua kantiana.
JPTF 2008/01/25

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