Poucos acontecimentos na história dos último século têm gerado tanta controvérsia como o destino das populações arménias na fase final do Império Otomano, durante os anos de 1915-1917, num período em que decorriam as hostilidades da I Guerra Mundial. Gwynne Dyer sintetizou bem este problema num artigo publicado em 1976 na Middle Eastern Studies sugestivamente intitulado Turkish ´Falsifiers´ and Armenian ´Deceivers´, onde referia que «qualquer historiador que tenha de lidar com os últimos anos do Império Otomano, mais cedo ou mais tarde vai encontrar-se a desejar desesperadamente que a neblina se dissipe sobre os
arménios otomanos do final do século XIX e início do século XX, especialmente sobre as deportações e os massacres de 1915». Infelizmente, apesar de já terem decorrido quase três décadas desde que Gwynne Dyer fez esta observação, e quase um século sobre os
acontecimentos, o ar parece não estar ainda totalmente límpido, permanecendo uma irritante neblina que dificulta qualquer tentativa imparcial de traçar os contornos exactos dos
acontecimentos. Ver texto integral do artigo.
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