dezembro 21, 2010

Irritação da Turquia sobre o pacto Chipre-Israel


Turkish authorities yesterday warned that a bilateral economic deal between Cyprus and Israel aimed at mutual prospecting for oil in the eastern Mediterranean could strain ongoing United Nations-mediated talks aimed at reunifying the divided island.
According to Turkey’s semiofficial Anatolia news agency, the Turkish Foreign Ministry’s undersecretary, Feridun Sinirlioglu, warned Gaby Levy, Israel’s ambassador to Turkey, that the deal would have a negative impact. Sinirlioglu argued that “such unilateral moves [on behalf of the Greek Cypriots] that ignore the will of the Turkish-Cypriot side will harm ongoing settlement talks on the island.”
Meanwhile, diplomatic sources told Kathimerini that Ankara aims to pressure Israel into breaking its pact with Cyprus. The sources said Ankara may use its ties with Lebanon and militant Shiite movement Hezbollah as a way of exerting pressure on Israel. Nicosia has made similar deals with Lebanon and Egypt, which Turkey also has urged the Arab nations to break.
Israel yesterday defended its decision. “This agreement is an issue between Israel and Cyprus and it in no way affects a third country,” Israel’s Foreign Ministry spokesman Yigal Palmor was quoted as saying by Agence France-Presse. “We do not see how a third country would have anything to say about it,” he added. Another unidentified Israeli official accused Turkey of “monstrous chutzpah” for using “as an argument its occupation of the northern part of Cyprus to denounce the deal.”
The agreement defines the sea border between Cyprus and Israel and delineates an exclusive economic zone between the two countries, allowing them to prospect for oil together. Already the discovery of a huge gas deposit off the Israeli port of Haifa, and close to Cyprus, has fueled great interest in the region’s potential.

Ver notícia no Kathimerini

dezembro 17, 2010

O Japão redefine a sua estratégia militar face à ameaça da China e Coreia do Norte





Japan, which shares a maritime border with China, said Beijing's military build-up was of global concern.
Japan will also strengthen its missile defences against the threat from a nuclear-armed North Korea.
The policy document has been approved by the cabinet and will shape Japan's defence policy for the next 10 years.
Japan is changing its defence policy in response to the shifting balance of power in Asia, analysts say.
Defences will be scaled down in the north, where they have been deployed since the Cold War to counter an invasion from Russia.
The military focus will now be in the far-southern islands of Japan, closer to China.
Japan is concerned by China's growing naval might and increased assertiveness in the East China and South China seas.
"China is rapidly modernising its military force and expanding activities in its neighbouring waters," the new guidelines said.
"Together with the lack of transparency on China's military and security issues, the trend is a concern for the region and the international community."
Relations between Japan and China deteriorated sharply in September, after collisions between a Chinese trawler and Japanese patrol boats near a chain of disputed islands in the East China Sea.

Ver notícia na BBC [...]

dezembro 12, 2010

Ataque suicidida em Estocolmo


At a Sunday morning press conference, Säpo said it had taken over the investigation into the nearly simultaneous bombings from the Stockholm police. The investigation will be overseen by chief prosecutor Tomas Linstrand.

"We are opening an investigation into a terrorist crime under Swedish laws," Anders Thornberg, head of Säpo's security department, told a press conference, a day after the explosions targeted shoppers in the Swedish capital.

Thornberg called the incident “very serious”, although he reiterated that Säpo had no plans to raise the threat level in Sweden as a result of the attack.

“We’re now working to assess whether similar events might take place. We can’t rule it out,” he said.

He added there is “no connection” to between Saturday's attack and a bomb threat investigation Gothenburg from early November, a probe which was subsequently dropped without any charges being filed.

Saturday's attack consisted of two explosions which occurred just minutes apart shortly before 5pm local time.

In the first blast, a car exploded, injuring two passers-by who were sent to hospital with minor injuries. Police say the vehicle was filled with cannisters of liquefied petroleum gas.

A second blast occurred just minutes later about 200 metres away, killing one man. An eye witness who arrived on the scene before police told the Dagens Nyheter (DN) newspaper it appeared something had exploded on the man's abdomen.

Ver notícia no The Local 

dezembro 06, 2010

Os ‘danos colaterais‘ dos ficheiros WikiLeaks



As recentes revelações do site WikiLeaks têm potencialmente várias implicações significativas para a diplomacia norte-americana e para os seus aliados (naturalmente também para os inimigos dos EUA – veja-se, por exemplo, os casos das revelações sobre os programas nucleares do Irão e da Coreia do Norte e dos receios que estes geram a nível do Médio Oriente e do Sudeste Asiático). Para uma parte significativa da opinião pública internacional provavelmente até reforçam a convicção da perfídia da política externa norte-americana. Esta será delineada nos bastidores, através de  manobras mais ou menos obscuras e de espionagem, sendo largamente amoral, apesar do discurso oficial invocar cinicamente princípios e valores, como a democracia e os direitos humanos. Alguns encontrarão mesmo aí argumentos adicionais para sustentar teorias da conspiração sobre a actuação dos EUA em acontecimentos marcantes da história do século XX e início do século XXI (o ataque japonês a Pearl Harbour, o assassinato de John Kennedy, o 11 de Setembro...). Todavia,  o pior impacto para os EUA nem é tanto o de potenciar essa imagem negativa na opinião publica internacional, o que em si mesmo já não é pouco. Também não decorre de terem vindo a público alguns comentários mais ácidos, ou até jocosos, de diplomatas norte-americanos sobre dirigentes políticos de países aliados europeus e não europeus, os quais se encontram em vários telegramas diplomáticos. Nem resulta da revelação de manobras de bastidores para obter informações, eticamente questionáveis, e que, agora, acabaram por se tornar públicas. Na verdade estas manobras já se imaginam existir nalgum tipo de diplomacia e de "jogos de poder", não sendo a sua revelação  uma surpresa, a não ser para os que não têm qualquer ideia do que é a política internacional. Passado o furor revelações dos ficheiros WikiLeaks nos media, o impacto negativo mais duradouro e difícil de apagar, será, certamente, o que está associado, na percepção de amigos e aliados, a uma enorme falha de segurança. Esta não permitiu manter a confidencialidade sobre as informações recolhidas pelos seus meios diplomáticos e salvaguardar também os "informantes". (Curiosa é a forma relativamente simples como as informações reveladas pelo Wikileaks poderão ter sido obtidas por Julian Assange, o australiano que é o  rosto desta organização e se afirma dedicado à missão da “transparência”. Embora a origem não seja oficialmente conhecida, os mais de 250.000 ficheiros agora revelados poderão ter sido também subtraídos pelo jovem militar, Bradley Manning, já anteriormente detido por suspeita de ter sido responsável pelas revelações de documentos feitas no site WikiLeaks, relativas ao Afeganistão e ao Iraque). Assim, pelo menos nos tempos mais próximos, este ”vazamento de informações” na praça pública irá dificultar muito o trabalho dos seus diplomatas no terreno. Face a esta quebra de confiança na capacidade de sigilo diplomático da principal potência mundial, a recolha de muitas informações fundamentais para o trabalho político-diplomático tornar-se-à particularmente difícil, se não mesmo impossível nalgumas situações. Este é um “dano colateral” que a administração Obama terá  dificuldade em reparar e cujas consequências políticas e estratégicas podem ser grandes nos próximos anos.