A subida ao poder do AKP (Adalet ve Kalkinma Partisi/Partido da Justiça e do Desenvolvimento) em 2002
– partido que governa a Turquia há uma década –, trouxe, progressivamente, uma
visível aproximação Médio Oriente árabe-islâmico. Paralelamente, assistiu-se a
uma deterioração das relações com Israel e a tensões ocasionais com alguns dos
aliados tradicionais, nomeadamente com os EUA. Assim, nos últimos anos, temos
assistido a um amplo debate nos meios ligados à política internacional, sobre o
significado desta aproximação da Turquia ao Médio Oriente. Será esta sinal de
um abandono da orientação de política externa pró-ocidental, que caracterizou o
Estado fundado por Atatürk a partir de 1945, através de uma nova configuração
motivada por influências ideológicas islamistas? Ou será que estamos perante uma
abordagem de política externa pragmática e realista, motivada por imperativos
económicos e de segurança, sendo basicamente similar àquela que encontramos
frequentemente no passado otomano da Turquia? São estas as questões às quais se procura responder no artigo. Para o efeito, é efetuada uma breve
passagem em revista da política externa do Império Otomano/Turquia face ao
Ocidente, europeu e norte-americano, o que permitirá, depois, avaliar a
mesma numa perspetiva histórico-política alargada. (Ver aqui o artigo completo.)
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