novembro 24, 2012

A rejeição britânica da proposta de orçamento europeu, cartoon de Steve Bell para o jornal Guardian


"Números elásticos e contabilidades que se prestam a confusões tornaram as negociações mais difíceis e, no fim de contas, podem permitir aos opositores encarniçados brandirem os mesmos documentos e gritarem vitória. (in Financial Times)". Ver texto integral de comentário ao cartoon na Presseurop

A propósito da atual Presidência do Conselho da União Europeia: Semana de Chipre no Espaço Europa, em Lisboa



novembro 13, 2012

‘Todos os males da Europa‘ por Marcin Król

Sabemos que a Europa esteve quase sempre em crise. A diferença entre uma apreensão permanente da crise tal como era sentida no passado e a situação atual tem a ver com o facto de que, antigamente, a Europa mantinha uma capacidade de autorreflexão e autocrítica que lhe permitia ultrapassar as crises sucessivas. Essa faculdade já não está ao seu alcance. A Europa de antes já não existe, simplesmente.
É-nos difícil imaginar o futuro do mundo sem a Europa, talvez não a Europa líder, mas a Europa portadora de normas básicas, bem como de princípios para nós próprios e para as gerações futuras. A Europa é a nossa forma de existência, a única que temos. Quando a Europa foge, desaparece e enfraquece ao extremo, olhamos para ela sem saber o que fazer.

O medo intelectual e espiritual

Na maior parte das vezes, surgem três tipos de resposta. A primeira faz apelo a um regresso às soluções já experimentadas, sob as suas diversas formas de Estado-Providência ou social-democrata.
O segundo tipo de resposta consiste em dizer que a crise não é nem única nem principalmente de natureza económica e exige uma mudança política. Entre as visões políticas mais características encontramos a de uma Europa federal, ligada por fortes laços internos. Esta visão simpática é, no entanto, tão velha quanto a Europa e sempre se mostrou errónea. O seu maior defeito é que não há uma única sociedade europeia que deseje uma Europa federal, pela simples razão de que, mesmo que conseguíssemos criá-la, essa Europa seria completamente diferente daquilo que consideramos como a nossa forma de existência.
Por fim, o terceiro tipo de resposta baseia-se na convicção de que a retoma económica irá melhorar automaticamente todos os domínios da vida europeia.
Todas estas respostas têm uma coisa em comum: buscam a solução no presente. Queremos resolver as questões aqui e agora, utilizando, de preferência, meios bem conhecidos, mas usando-os melhor. Fazemos apelo às medidas habituais, não por falta de imaginação ou de coragem, mas por que não sabemos como agir de outra maneira. Se pensarmos bem, poderemos dizer que o que caracteriza, em primeiro lugar, a Europa de hoje é o medo. E não é o medo de um possível colapso da moeda, mas sobretudo o medo intelectual e espiritual. [...]

Ver tradução do artigo original do Polska The Times na presseurop

novembro 02, 2012

O regresso do capitalismo de estado na França e na Alemanha

Angela Merkel, Germany’s chancellor, is rushing ahead with plans for the German government to take a 15% stake in EADS before the end of the year, buying shares (through KfW, the state bank for reconstruction) that the Daimler car group and some banks want to ditch, thus bringing it level with the French government’s shareholding. The Germans have been concerned for some time about losing out to France on Airbus work, and have withheld some promised government loans for the latest big Airbus plane.
Now, in a bid to strengthen Germany’s hand, Mrs Merkel appears to be taking a leaf out of the French book on industrial policy—opting for strategic stakes in privatised groups.
This startling reversal comes on top of new moves in France to extend the reach of government into troubled manufacturers. Last week, just as Germany was closing in on EADS, the French government guaranteed loans of some €7 billion ($9 billion) to the finance arm of PSA Peugeot Citroën, a carmaker. In return the government gets a seat on the board and guarantees that dividends and share buy-backs will be suspended for several years.
French observers are waiting to see whom the ministry of finance will name as the “independent” director. Critics fear that he or she might be a representative of the APE (the agency for state shareholdings), which reports to the ministries of finance and industry. Peugeot shares fell on the announcement of the financial support, because investors fear the door has been opened to a partial nationalisation.[...]

Ver notícia na revista The Economist