acutilante
Portugal, a Europa e o Mundo em Transformação do Século XXI
fevereiro 22, 2013
fevereiro 08, 2013
Livro: ‘Elementos de Economia Política Internacional‘, 2ª edição
Situada no cruzamento da Economia e das Relações Internacionais, a Economia
Política Internacional é uma disciplina recentemente instituída nos curricula académicos. O seu objeto de
estudo são as complexas interações entre o económico e o político com origem em
atores estaduais e não estaduais e projetando-se sobre a riqueza e o poder.
Assim, no livro Elementos de Economia
Política Internacional são expostas diferentes perspetivas de abordagem e
alguns instrumentos teórico-conceptuais de base. São ainda analisadas matérias
centrais deste campo de estudos, ligadas ao sistema comercial e financeiro
internacional. Entre estas, mereceram particular destaque a arquitetura
económico-financeira mundial, a integração económica internacional centrada na
experiência da Europa e a globalização da economia política internacional. A
análise é completada com dois estudos de caso: o primeiro sobre a unificação
monetária europeia e a crise da zona euro; o segundo sobre o declínio do Japão
e a ascensão da China na economia global.
janeiro 29, 2013
Ocidente e Islão: duas Histórias paralelas e em competição, com vocação universalista
A versão islâmica
1. A “idade da trevas” (Antiguidade da Mesopotâmia e Pérsia)
2. O nascimento do Islão
3. O Califado: a procura da Unidade Universal
4. A fragmentação: a era dos sultanatos ou emiratos
5. A catástrofe: os mongóis e os cruzados
6. O renascimento: a era dos três impérios (turco-otomano,
persa safávida e mogol)
7. A penetração no Oriente do Ocidente
8. Os movimentos de reforma
9. O triunfo dos modernistas seculares
10. A reação islamista e o revivalismo islâmico
A versão ocidental
1. A génese da civilização (Egipto e Mesopotâmia)
2. A Idade Clássica (Grécia e Roma).
3. A Idade Média/”idade das trevas” (a ascensão do
Cristianismo)
4. O Renascimento (cultura clássica e reforma protestante)
5. O Iluminismo (razão, ciência)
6. Revoluções (liberal, democrática, industrial)
7. A ascensão do Estado-nação e as rivalidades
nacionalistas/impérios
8. A I Guerra Mundial e a II Guerra Mundial
9. A Guerra-Fria (capitalismo-liberal versus socialismo-comunista)
10. O triunfo da democracia liberal-capitalista
janeiro 25, 2013
Um novo ‘Africanistão‘ na fronteira Sul da Europa?
After years spent waging war on terror in Afghanistan and Iraq,
almost $1.5 trillion in direct costs and hundreds of thousands of lives
lost, the Western public feels it has learned a hard lesson. It is more
convinced than ever that even the best-intentioned foreign intervention
is bound to bog its armies down in endless wars fighting invisible
enemies to help ungrateful locals.
Echoes of Afghanistan rang loud earlier this month when French forces swooped on advancing columns of Islamists threatening the Saharan state of Mali. And they were heard again, a few days later, when a unit of bearded, gun-toting jihadists from the “Signed-in-Blood Battalion” seized a gas plant and slaughtered dozens of foreigners in next-door Algeria—more than in any single Islamist terror attack since the bombing of a Bali nightclub in 2002. Here, it seemed, was the next front of the global war on terror and also a desert quagmire to entrap vainglorious Western leaders. [...]
Ver artigo da revista Economist
Echoes of Afghanistan rang loud earlier this month when French forces swooped on advancing columns of Islamists threatening the Saharan state of Mali. And they were heard again, a few days later, when a unit of bearded, gun-toting jihadists from the “Signed-in-Blood Battalion” seized a gas plant and slaughtered dozens of foreigners in next-door Algeria—more than in any single Islamist terror attack since the bombing of a Bali nightclub in 2002. Here, it seemed, was the next front of the global war on terror and also a desert quagmire to entrap vainglorious Western leaders. [...]
Ver artigo da revista Economist
janeiro 18, 2013
Mali: a conturbada situação geopolítica explicada neste vídeo
A conturbada situação geopolítica no Norte do Mali, onde grupos islamistas e tuaregues separatistas controlam grande parte do terreno, explicada neste interessante vídeo do jornal Le Monde (ver aqui o vídeo).
janeiro 12, 2013
janeiro 07, 2013
Leituras em tempo de crise (das finanças públicas e da democracia): ‘A ascensão dos não eleitos‘ de Frank Vibert
Sinopse do livro (em inglês):
Unelected bodies, such as independent central banks, economic regulators, risk managers and auditors have become a worldwide phenomenon. Democracies are increasingly turning to them to demarcate boundaries between the market and the state, to resolve conflicts of interest and to allocate resources, even in sensitive ethical areas such as those involving privacy or biotechnology. This book examines the challenge that unelected bodies present to democracy and argues that, taken together, such bodies should be viewed as a new branch of government with their own sources of legitimacy and held to account through a new separation of powers. Vibert suggests that such bodies help promote a more informed citizenry because they provide a more trustworthy and reliable source of information for decisions.
Unelected bodies, such as independent central banks, economic regulators, risk managers and auditors have become a worldwide phenomenon. Democracies are increasingly turning to them to demarcate boundaries between the market and the state, to resolve conflicts of interest and to allocate resources, even in sensitive ethical areas such as those involving privacy or biotechnology. This book examines the challenge that unelected bodies present to democracy and argues that, taken together, such bodies should be viewed as a new branch of government with their own sources of legitimacy and held to account through a new separation of powers. Vibert suggests that such bodies help promote a more informed citizenry because they provide a more trustworthy and reliable source of information for decisions.
janeiro 02, 2013
A crise chegou também aos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China)
Over the past several years, the most talked-about trend in the global economy has been the so-called rise of the rest, which saw the economies of many developing countries swiftly converging with those of their more developed peers. The primary engines behind this phenomenon were the four major emerging-market countries, known as the BRICs: Brazil, Russia, India, and China. The world was witnessing a once-in-a-lifetime shift, the argument went, in which the major players in the developing world were catching up to or even surpassing their counterparts in the developed world.
These forecasts typically took the developing world's high growth rates from the middle of the last decade and extended them straight into the future, juxtaposing them against predicted sluggish growth in the United States and other advanced industrial countries. Such exercises supposedly proved that, for example, China was on the verge of overtaking the United States as the world's largest economy-a point that Americans clearly took to heart, as over 50 percent of them, according to a Gallup poll conducted this year, said they think that China is already the world's "leading" economy, even though the U.S. economy is still more than twice as large (and with a per capita income seven times as high).
As with previous straight-line projections of economic trends, however-such as forecasts in the 1980s that Japan would soon be number one economically-later returns are throwing cold water on the extravagant predictions. With the world economy heading for its worst year since 2009, Chinese growth is slowing sharply, from double digits down to seven percent or even less. And the rest of the BRICs are tumbling, too: since 2008, Brazil's annual growth has dropped from 4.5 percent to two percent; Russia's, from seven percent to 3.5 percent; and India's, from nine percent to six percent.
None of this should be surprising, because it is hard to sustain rapid growth for more than a decade. The unusual circumstances of the last decade made it look easy: coming off the crisis-ridden 1990s and fueled by a global flood of easy money, the emerging markets took off in a mass upward swing that made virtually every economy a winner. By 2007, when only three countries in the world suffered negative growth, recessions had all but disappeared from the international scene. But now, there is a lot less foreign money flowing into emerging markets. The global economy is returning to its normal state of churn, with many laggards and just a few winners rising in unexpected places. The implications of this shift are striking, because economic momentum is power, and thus the flow of money to rising stars will reshape the global balance of power. [...]
Ver artigo na Foreign Affairs
janeiro 01, 2013
dezembro 22, 2012
dezembro 21, 2012
Leituras: Nação & Defesa nº 133, Cibersegurança
Em Utopia, liberdade e soberania no ciberespaço: o
regresso do Leviatã são
discutidos os desafios que o ciberespaço e o risco de ciberataques acarretam
para a soberania do Estado e para a liberdade do cidadão. A utopia libertário-anárquica, que dominou
nos primórdios da Internet, está progressivamente a dar lugar a mecanismos de controlo e de afirmação da soberania
estadual, nomeadamente através da criação de “fronteiras” no ciberespaço. Esta
tendência, embora sob formas diferentes, pode detectar-se quer nos Estados
autoritários, quer nas democracias liberais ocidentais. Encontra-se também na
organização das forças armadas, através da criação de cibercomandos, e nas OIGs
ligadas à segurança e defesa como a NATO, onde se passou a incluir ameaça de
ciberataques no conceito estratégico.
dezembro 14, 2012
‘A Europa federal não é para agora‘ in Libération (cartoon de Nicolas Vadot)
François Hollande e Angela Merkel acabam de pregar uma partida muito prejudicial à União Europeia. O par franco-alemão, por uma vez de acordo, decidiu ontem inviabilizar um debate estratégico sobre o futuro da Europa. Um debate adiado, suprimido ou mesmo banido.
Os Vinte e Sete tinham-se comprometido a adotar, antes do fim do ano, um “roteiro” político. Nele deviam constar as grandes etapas de uma “integração solidária” – para retomar uma expressão sibilina grata ao Presidente Hollande. Que solidariedade financeira, capacidade orçamental comum, controlo democrático?
Não se tratava de tomar decisões a respeito de tudo, nem de investir numa irresponsável fuga para a frente; pretendia-se apenas dinamizar todas as instituições da União e, sobretudo, abrir um vasto debate, às claras. Pelo menos por duas razões. A sobrevivência da zona euro depende disso: os Vinte e Sete só evitaram a catástrofe com decisões que foram dando passos no sentido da solidariedade financeira entre os Estados-membros, a cada cimeira apelidada de “última oportunidade”. Mas essa navegação à bolina – e é a segunda razão – foi feita sob pressão dos mercados, sem uma visão política e, sobretudo, nas costas da opinião pública.
Discordando quanto aos contornos de um novo federalismo europeu, franceses e alemães preferiram uma política de avestruz: Angela Merkel entra num período eleitoral e não quer correr nenhum risco, e François Hollande teme reacender velhas feridas dentro da sua maioria. Pare-se tudo! [...]
Ver a tradução do artigo original do Libération na Presseurop
dezembro 07, 2012
dezembro 02, 2012
novembro 24, 2012
A rejeição britânica da proposta de orçamento europeu, cartoon de Steve Bell para o jornal Guardian
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novembro 13, 2012
‘Todos os males da Europa‘ por Marcin Król
Sabemos que a Europa esteve quase sempre em crise. A diferença entre
uma apreensão permanente da crise tal como era sentida no passado e a
situação atual tem a ver com o facto de que, antigamente, a Europa
mantinha uma capacidade de autorreflexão e autocrítica que lhe permitia
ultrapassar as crises sucessivas. Essa faculdade já não está ao seu
alcance. A Europa de antes já não existe, simplesmente.
É-nos difícil imaginar o futuro do mundo sem a Europa, talvez não a Europa líder, mas a Europa portadora de normas básicas, bem como de princípios para nós próprios e para as gerações futuras. A Europa é a nossa forma de existência, a única que temos. Quando a Europa foge, desaparece e enfraquece ao extremo, olhamos para ela sem saber o que fazer.
O segundo tipo de resposta consiste em dizer que a crise não é nem única nem principalmente de natureza económica e exige uma mudança política. Entre as visões políticas mais características encontramos a de uma Europa federal, ligada por fortes laços internos. Esta visão simpática é, no entanto, tão velha quanto a Europa e sempre se mostrou errónea. O seu maior defeito é que não há uma única sociedade europeia que deseje uma Europa federal, pela simples razão de que, mesmo que conseguíssemos criá-la, essa Europa seria completamente diferente daquilo que consideramos como a nossa forma de existência.
Por fim, o terceiro tipo de resposta baseia-se na convicção de que a retoma económica irá melhorar automaticamente todos os domínios da vida europeia.
Todas estas respostas têm uma coisa em comum: buscam a solução no presente. Queremos resolver as questões aqui e agora, utilizando, de preferência, meios bem conhecidos, mas usando-os melhor. Fazemos apelo às medidas habituais, não por falta de imaginação ou de coragem, mas por que não sabemos como agir de outra maneira. Se pensarmos bem, poderemos dizer que o que caracteriza, em primeiro lugar, a Europa de hoje é o medo. E não é o medo de um possível colapso da moeda, mas sobretudo o medo intelectual e espiritual. [...]
Ver tradução do artigo original do Polska The Times na presseurop
É-nos difícil imaginar o futuro do mundo sem a Europa, talvez não a Europa líder, mas a Europa portadora de normas básicas, bem como de princípios para nós próprios e para as gerações futuras. A Europa é a nossa forma de existência, a única que temos. Quando a Europa foge, desaparece e enfraquece ao extremo, olhamos para ela sem saber o que fazer.
O medo intelectual e espiritual
Na maior parte das vezes, surgem três tipos de resposta. A primeira faz apelo a um regresso às soluções já experimentadas, sob as suas diversas formas de Estado-Providência ou social-democrata.O segundo tipo de resposta consiste em dizer que a crise não é nem única nem principalmente de natureza económica e exige uma mudança política. Entre as visões políticas mais características encontramos a de uma Europa federal, ligada por fortes laços internos. Esta visão simpática é, no entanto, tão velha quanto a Europa e sempre se mostrou errónea. O seu maior defeito é que não há uma única sociedade europeia que deseje uma Europa federal, pela simples razão de que, mesmo que conseguíssemos criá-la, essa Europa seria completamente diferente daquilo que consideramos como a nossa forma de existência.
Por fim, o terceiro tipo de resposta baseia-se na convicção de que a retoma económica irá melhorar automaticamente todos os domínios da vida europeia.
Todas estas respostas têm uma coisa em comum: buscam a solução no presente. Queremos resolver as questões aqui e agora, utilizando, de preferência, meios bem conhecidos, mas usando-os melhor. Fazemos apelo às medidas habituais, não por falta de imaginação ou de coragem, mas por que não sabemos como agir de outra maneira. Se pensarmos bem, poderemos dizer que o que caracteriza, em primeiro lugar, a Europa de hoje é o medo. E não é o medo de um possível colapso da moeda, mas sobretudo o medo intelectual e espiritual. [...]
Ver tradução do artigo original do Polska The Times na presseurop
novembro 02, 2012
O regresso do capitalismo de estado na França e na Alemanha
Angela Merkel, Germany’s chancellor, is rushing ahead with plans for
the German government to take a 15% stake in EADS before the end of the
year, buying shares (through KfW, the state bank for reconstruction)
that the Daimler car group and some banks want to ditch, thus bringing
it level with the French government’s shareholding. The Germans have been concerned for some time about losing out to
France on Airbus work, and have withheld some promised government loans
for the latest big Airbus plane.
Now, in a bid to strengthen Germany’s hand, Mrs Merkel appears to be taking a leaf out of the French book on industrial policy—opting for strategic stakes in privatised groups.
This startling reversal comes on top of new moves in France to extend the reach of government into troubled manufacturers. Last week, just as Germany was closing in on EADS, the French government guaranteed loans of some €7 billion ($9 billion) to the finance arm of PSA Peugeot Citroën, a carmaker. In return the government gets a seat on the board and guarantees that dividends and share buy-backs will be suspended for several years.
French observers are waiting to see whom the ministry of finance will name as the “independent” director. Critics fear that he or she might be a representative of the APE (the agency for state shareholdings), which reports to the ministries of finance and industry. Peugeot shares fell on the announcement of the financial support, because investors fear the door has been opened to a partial nationalisation.[...]
Ver notícia na revista The Economist
Now, in a bid to strengthen Germany’s hand, Mrs Merkel appears to be taking a leaf out of the French book on industrial policy—opting for strategic stakes in privatised groups.
This startling reversal comes on top of new moves in France to extend the reach of government into troubled manufacturers. Last week, just as Germany was closing in on EADS, the French government guaranteed loans of some €7 billion ($9 billion) to the finance arm of PSA Peugeot Citroën, a carmaker. In return the government gets a seat on the board and guarantees that dividends and share buy-backs will be suspended for several years.
French observers are waiting to see whom the ministry of finance will name as the “independent” director. Critics fear that he or she might be a representative of the APE (the agency for state shareholdings), which reports to the ministries of finance and industry. Peugeot shares fell on the announcement of the financial support, because investors fear the door has been opened to a partial nationalisation.[...]
Ver notícia na revista The Economist
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outubro 26, 2012
FMI admite que a Grécia vai falhar o objectivo da dívida pública abaixo dos 120% do PIB em 2020
Greek debt will be above the target of 120 percent of GDP in 2020, a preliminary report by the IMF showed late on Thursday, and Athens will need more reforms before emergency credit from international lenders can start flowing again.
Excerpts from the International Monetary Fund (IMF) report were presented to the Eurogroup Working Group (EWG) - junior finance ministers and treasury officials who prepare meetings of eurozone finance ministers.
"It is clear that Greece is off track and there is no chance they will cut the debt to 120 percent of GDP in 2020 as envisaged. It will be rather 136 percent, and this would be under a positive scenario of a primary budget surplus, a return to economic growth, and privatisation,» a euro zone official, who insisted on anonymity, said.
"New prior actions will be needed, on top of the existing 89,» the official said, referring to a list of already agreed reforms that need to be in place before any new tranches of eurozone and IMF emergency loans to Greece can be paid.
Apart from the debt projections, representatives of the IMF, the European Commission and the European Central Bank – known as the troika - have been calculating how much more money Athens will need if it is given until 2016 rather than 2014 to reach a primary surplus of 4.5 percent, as agreed in February.
A primary surplus or deficit is the budget balance before the government services its debt. In Greece's case, it would mean government tax revenues exceeding spending, meaning Athens is beginning to get on top of its budget-deficit problems.
The two extra years would give the fast-contracting Greek economy some welcome respite, allowing it to return to growth sooner and therefore increasing the chances the country would eventually be able to make its debt sustainable. [...]
Ver notícia no ekathimerini.com
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